Segundo Freud a projeção consiste em uma operaçãopela qual o sujeito expulsa de si e localiza no outro(pessoa ou coisa) qualidades, sentimentos, desejos emesmo objetos, que ele desdenha ou recusa em si.Esse mesmo processo é o que rege os sonhos, oanimismo, o pensamento mágico, bem como aprodução artística, através do mecanismo dedeslocamento.(LAPLANCHE, p. 478)
O que torna o ato de desenharpropício para a projeção
O sujeito é ³Livre´ para dizer ou fazer o que quiser, oque o ³condena´ a revelar o seu desejoLiberdade de tempoNão há bons ou maus desenhosÉ possível ao sujeito falar sobre sua produção
O que pode ser projetado através do desenho
A percepção consciente e inconsciente do sujeito em relação a simesmo e as pessoas significativas do seu ambiente.
Sua forma de agir, atuar, se posicionar frente ao mundo.
Conflitos e sentimentos inconscientes.
Coisas que o sujeito não seria capaz de expressar em palavras,mesmo que conscientes.
Arealização de desejos.
Auto-imagem idealizada ou realista de si mesmo.
Asexualidade.
³Stress´ situacional.
O que pode ser observado durantea atividade
Observar qual é a sua postura frente a essa atividade:
Ele se entrega confiante e confortavelmente a tarefa?
Expressa dúvidas sobre sua habilidade e, nesse caso,expressa essas dúvidas direta ou indiretamente,verbalmente, ou através de atividade motora?
Realiza movimentos, ou exibe expressões verbais querevelam insegurança, ansiedade, autocrítica etc.
Limites a serem considerados naanálise do desenho
Os aspectos a serem analisados não devem ser vistosisoladamente, e sim em conjunto, e não devem seguir uma³receita, o que nos faria correr o risco de uma interpretaçãoequivocada´.
Importantíssimo destacar que a análise de um desenho deveser feita por meio de outros desenhos, da história do sujeito eprincipalmente do que o sujeito fala acerca do mesmo.
Interpretações são hipóteses e não certezas e não devem sebasear em dados isolados ou no imaginário do profissional queo analisa.
O profissional deve ter o cuidado de não projetar nodesenho analisado seus conteúdos.
O desenho deve ser analisado dentro de um contextocultural e refere-se a um dado momento.
É necessário evitar generalizações, pois cada produção éúnica.
Aspectos estudados no desenho
Fases do desenvolvimento:CognitivoPsicomotorSócio-afetivo
Percepção visual
Oralidade
Expressão
Reprodução
Criatividade
Traços da Subjetividade
Psicopatologia
Nos aspectos expressivos devemos analisar:
Seqüência
Esta análise pode nos indicar a quantidade de energia dosujeito e o controle do sujeito sobre a mesma.
Nos estados depressivos, por exemplo, os desenhos secaracterizam por uma acentuada pobreza de detalhes ou umaincapacidade de completar todos os desenhos, por maispobres que sejam.
A maioria das pessoas desenha com uma certa seqüênciaesquemática a figura humana (cabeça, pescoço, tronco,braços e pernas, dedos e pés colocados por último) denotandoorganização de pensamento; os que denotam excessivaimpulsividade, excitabilidade, trabalham confusamente.
Tamanho
Este aspecto nos oferece pistas sobre à auto-estima realistado sujeito ou uma imagem idealizada de si mesmo.
A relação entre o tamanho do desenho e o espaço disponívelna folha de papel pode estabelecer também um paralelo coma relação dinâmica entre o sujeito e o seu ambiente, ou entre osujeito e as figuras parentais.
O tamanho sugere a forma pela qual o sujeito esta reagindoà pressão ambiental.
Tamanho normalInteligência, com capacidade de abstração espacial e deequilíbrio emocional.
Tamanho diminutoPode ser caso de inteligência elevada, mas com problemasemocionais.Pode indicar inibição da personalidade, desajuste ao meio.Repressão à agressividade.Timidez e sentimento de inferioridade.
Tamanho grandeSe estiver bem centrada, pode ser ambições que serãoalcançadas.
Tamanho exageradamente grande (atingindo quase oslimites da pagina)Sentimento de constrição do ambiente, com concomitanteação supercompensatória, ou fantasia (uma pessoa pequenaque se desenha grande, por exemplo)Debilidade mental, não tem noção de tamanho.Tendências narcisistas, ou exibicionistas.Também revela forte agressividade.
Pressão no DesenharOferece indicações sobre o nível de energia sujeito.1- Pouca pressão, traço leve.
Baixo nível de energia, repressão e restrições.
Indivíduos deprimidos, medrosos, e com sentimentos deinadequação preferem traços muitos leves, quaseapagados.
Detalhes no Desenho
Falta de detalhes adequadosSentimento de vazio e energia reduzida, característica deindivíduos que empregam defesas pelo retraimento e, àsvezes, depressão.
Detalhe excessivoSentimento de rigidezAtitude basicamente defensiva.
Movimento nos Desenhos
O movimento está associado à inteligência e ao tônus vital.
Quase todos os desenhos sugerem alguma forma de tensãosinestésica, desde a rigidez até a extrema mobilidade.
Figura sem movimento indica repressão e inibição.
Pessoas jovens mostram mais movimentos funcionais,produtos de suas fantasias.
Movimento excessivo ± Indica excitação. Também pode sernecessidade de comunicação. O individuo inquieto, o homemde ação, produz desenhos que contêm considerávelmovimento.
Uso da Borracha
Uso normal ± autocrítica.
Ausência total, quando a borracha se acha presente ± faltade critica.
Uso exagerado da borracha ± incerteza, indecisão einsatisfação consigo mesmo.Riscar o papel
Indica dificuldade de adaptação.
Transparências
Característica de certas etapas da evolução do grafismo. Emadulto, é sintoma de ausência de senso de realidade (desdequando não generalizada, não representa psicopatologia).
Desenho da anatomia interna ± início quase seguro deesquizofrenia.Correção e retoques
As correções podem expressar natureza adaptável e flexível.
Se em grande número, expressam incerteza, indecisão,insatisfação pessoal, dificuldades projetivas em certas áreas eperfeccionismo.
Sombreamento ou borradura
O sombreamento pode indicar inteligência.
São consideradas expressões de ansiedade, indicando conflito.
Se muito acentuados, pode se pensar em angustia e depressão.Estereotipias
Consiste em repetição mecânica do mesmo esquema, quasesempre sem conteúdo e realizado com regularidade.
Em sujeitos com mais de doze anos expressam deficiências deexpressão, falta de independência no julgar, primitivismo,realismo estreito, limitado horizonte psicológico (junto a outrosindícios, pensa-se em atraso no desenvolvimento mental).
Localização
No meio da página: Indica pessoa ajustada: Crianças quedesenham no centro da página mostram-se maisautodirigidas, autocentradas.
Desenhos fora do centro da página: Pessoas menos centradasmais dependentes.
Desenho em um dos cantos: Pessoas fugindo ao meio. Podeindicar fuga ou desajuste do indivíduo ao ambiente.
No eixo horizontal, desenho mais para a direita:Comportamento controlado, desejando satisfazer suasnecessidades e impulsos, prefere satisfações intelectuais aas emocionais.
No eixo horizontal, mais para a esquerda:Comportamento impulsivo procura satisfação imediata desuas necessidades e impulsos.
Na linha vertical, acima do ponto médio: Desajuste compossibilidade de reagir ao mesmo. Acha que está lutandomuito, seu ³ideal´ é inatingível; tende a procurar satisfaçãona fantasia, em vez de na realidade; tende a manter-sealheio e inacessível; espiritualidade.
Abaixo do ponto médio da página: O individuo sente-seinseguro e inadequado, em depressão; preso a realidade e aoconcreto, firme e sólido; materialismo.
Figuras dependuradas nas margens do papel (como janelasdependuradas das bordas das paredes): Refletem necessidadede suporte; medo de ação independente; falta de auto-afirmação do sujeito.
Aspectos de conteúdo do Desenho
DESENHO DA FIGURA HUMANA
(M
achover)
Técnica através da qual podemos analisar a percepção que o sujeito tem de si mesmo, suaauto-imagem e como ele se posiciona em relaçãoao meio. É mais obviamente carregado deexperiências emocionais associadas ao processode subjetivação.
ANÁLISE DO DESENHOa) Seqüência das figuras
A maioria das pessoas desenha a figura do próprio sexoprimeiro.b) Proporção entre os desenhos feitos
Baseia-se na idade de cada um ou indica o valor que osujeito atribui a figura desenhada.
c) Posição da figura desenhada
Figura de frente ± Quando a figura é do próprio sexo dopropósito, significa aceitação de seu próprio sexo. Resoluçãoda fase edipiana.Aceita o mundo de frente.
Desenho de perfil ± Pode ser uma dissimulação, ou umdesajuste, ou incapacidade de enfrentar o meio. Indiferençaao meio.
Desenho de costas ± Dissimulação de impulsos culposos einconfessáveis. Pode ser caso de ambivalência sexual.
Figura de pé ± Significa força, energia, adaptação.
Figura sentada ou agachada ± Inibição, submissão,debilidade física, fraca energia para responder aosestímulos externos.
Deitado ± Patológico. Pode revelar uma situação de fato,como, por exemplo, o propósito tem uma pessoa doente nafamília.
Figura inclinada ± Solta no espaço. Instabilidadepsíquica ou somática. Desvio de controle visomotor.
d) Transparência na Figuras
É natural até 6-7 anos, além dessa idade a figura édesenhada sem transparência. Quando aparecem elementossexuais através da roupa, irá demonstrar curiosidadesexual.e) Figuras Cabalísticas
Onde aparece geometrismo, estereotipia, trata-se depersonalidade esquizóide. Nesses casos, a figura humana édesenhada de forma que não existe na realidade.f) Figuras Grotescas
Insensibilidade, baixo nível mental.
g) Figura não inteira
Só a cabeça ± Censura ao seu próprio corpo. Problema degrande censura sexual.
Desenho só do busto ± Censura à área genital.
Cabeça exagerada ± Debilidade mental.Pode ser narcisismo ou valorização exagerada da própriainteligência.
Tamanho reduzido ± sentimento de inferioridade. Poucainteligência.
Partes omissas ± Faltando um braço ou uma perna, etc.,aparece em deficientes mentais, problema somático, pode sercensura relacionada à parte omitida.
h) Sucessão das partes desenhadas
Começo pela cabeça ± É o mais comum. Indica aaceitação do desenvolvimento humano.
INTERPRETAÇÃO ESPECÍFICA DE CADAPARTE DA FIGURA HUMANA DESENHADA
1.CabeçaÉ a parte do corpo onde se localiza o Eu. Há, portanto, ênfaseno desenho da cabeça.. A maior parte do auto-conceito doindivíduo está focalizado na cabeça.A cabeça é considerada o centro do poder intelectual, social edo controle dos impulsos corporais.2. RostoRepresenta a capacidade de inter-relação social.
3. OlhosRepresentam como o sujeito encara o mundo, a vida.4. CabelosTem um significado psicosexual.5. Bigode e BarbaRaramente aparece em desenhos de adolescentes e adultos.6. NarizEssencialmente possuidor do simbolismo sexual.
7. OrelhasSeu aparecimento, no desenho, indica passividade.
Omissão ± É comum.
8. BocaRefere-se às tendências captativas, como nutrição, satisfação dalibido oral, relações sociais (dar e receber afeições) e, mesmo,relações sexuais.
Língua ± Dificilmente aparece, só em esquizóides,esquizofrênicos, ou desvio de conduta sexual; pode ser umproblema de fato.
Dentes ± A partir dos 7 anos, raramente aparece. Comumenteaparece em pessoas imaturas afetivamente. Situação de fato, ouproblema somático. Pode ser uma forte agressividade.
9. QueixoÉ um símbolo sexual.
Queixo quadrado ± Afirmação social, teimosia, firmeza,decisão.
Queixo redondo ± Traço de feminilidade.10. PescoçoElemento de ligação entre as forças afetivas e os impulsoscontroladores do corpo.
11. OmbrosIndica poder físico; força do ego.12. Braços e mãosRelacionam-se ao desenvolvimento do Eu e à sua adaptaçãosocial, ou inter-relação com o ambiente. A extensão, direção einfluência das linhas dos braços, relacionam-se com o grau deespontaneidade da pessoa no ambiente.13. PernasRepresentam o contato com a realidade. A possibilidade derealização de desejos, auto-afirmação.
14. PésIndicam a segurança geral do indivíduo em caminhar nomeio ambiente.15. TroncoRepresentação da força Egóica16. CostelasSua representação no desenho é rara. Dá-se no caso deesquizofrenia e indica problema grave.17. CinturaControladora dos impulsos sexuais e corporais.
18. RoupasA roupa teria surgido por necessidade de proteção, pudor esocialização. A indumentária nasceu da harmonia desses trêsaspectos e tem seu aspecto social.19. Elementos acessórios
Óculos ± Dissimulação da dificuldade em enfrentar o mundo.Aspecto de ambição.
Meias e luvas ± Símbolo com resposta de cobertura sexual.Sentimento de culpa. Menos-valia, dissimulação, fantasia derealização sexual ou prática sexual.
Chapéu ± Proteção.
Jóias e pinturas ± Desejo de afirmação social, afirmaçãoeconômica e sexual.
Cigarro ou cachimbo na boca ± Ênfase erótico-oral.
Pastas, bolsas muito retocadas ± Pode ser um simbolismosexual.
Análise da figura humana (observação geral)
Figuras como palhaços, caricaturas ou ridículas indicamdesprezo e hostilidade em relação a si mesmo; rejeição;inadequação.
Figuras ³palitos´ ou representações abstratas sãoindicadores de ³evasão´, insegurança.
DESENHO DA CASA
(J
ohn Buck)
Pode-se dizer que a casa desenhada assume, na maioria dasvezes, duas significações:a) Constitui um auto-retrato, expressando as fantasias, o ego, arealidade, os contactos e a acessibilidade.b) Expressa a percepção da situação no lar-residência,passada, presente, desejada para o futuro, ou uma combinaçãode todas as três formas.TetoAs observações indicaram que o teto pode ser empregado, peloindivíduo, para simbolizar a área ocupada na sua vida pelafantasia.
ParedesVerifica-se que a força e a adequação das paredes da Casadesenhada estão diretamente relacionadas com o grau de forçado ego, na personalidade.PortaA porta é o detalhe da casa através do qual é feito o contactodireto com o ambiente.Fechaduras ou dobradiçasÊnfase em fechaduras ou dobradiças demonstra sensibilidadedefensiva.JanelasAs janelas representam um meio secundário de interação com oambiente.
ChaminéÉ um símbolo fálico.Em indivíduos bem ajustados, a chaminé indica apenas um detalhenecessário na representação de uma casa. Entretanto, se opropósito sofre de conflitos psicossexuais, a chaminé ± em virtudede seu papel estrutural e sua saliência em relação ao corpo da casa ± é suscetível de receber a projeção dos sentimentos latentes dosujeito, acerca de seu próprio falo.Linha Representativa do SoloA relação entre a Casa, Árvore ou Pessoa desenhada e a linha dosolo reflete o grau de contatos do sujeito com a realidade.A mesma ligação simbólica entre o solo e a realidade práticaevidencia-se, também, através da linguagem coloquial: ³Ele tem ospés na terra´.Indica necessidade de apoio ou ajuda.
Acessórios do Desenho da Casa
Casa com árvores, vegetais e outros detalhes ± Falta desegurança, tendo de cercar e proteger sua casa.
Muito jardim ± Expressão sexual feminina.
Florzinha, patinho ± Imaturidade afetiva.
Caminho bem feito e proporcionado, conduzindo à porta ± Controle e tato no seu contato com os outros.
Caminho longo e sinuoso ± Ocorre entre aqueles que,inicialmente, se retraem, mas eventualmente se tornam cordiais eestabelecem uma relação emocional com os outros. Demoram e semostram cautelosos em fazer amizades, mas, quando a relação sedesenvolve, tende a ser profunda.
Cercas desenhadas em torno da casa ± Representam umcomportamento defensivo
DESENHO DA ÁRVORE
(K
och)
A árvore, ser que vive em função de elementos ambientais(chuvas, vento, calor etc.) é dos desenhos o que mais revela aauto-imagem da pessoa no contexto de seu relacionamentocom o ambiente, além de como se sente em relação ao seuequilíbrio intrapessoal.TRONCOO tronco representa o sentimento de poder básico e forçainterior do sujeito, o que significa, em terminologiapsicanalítica, a ³Força do ego´. Koch também comenta que otronco, freqüentemente, representa a área básica doautoconceito.
Superfície do troncoÉ a zona de contato entre o interior e o exterior ± o meu e oteu, o eu e o meio ambiente. A qualidade do envoltóriosugere diferenças existentes entre a atitude interior e aconduta exterior. Como um véu, tanto pode cobrir, protegere inclusive disfarçar o verdadeiro serRAIZA raiz corresponde à parte inconsciente do eu, às forçasimpulsivas, instintivas e não elaboradas ± ao Id da teoriafreudiana.
COPASuas extremidades formam a zona de contato com oambiente, zona de relacionamento entre o que é interior(estrutura) e o que é exterior.GALHOS OU RAMOSRepresentam os recursos do indivíduo para buscar satisfaçãono ambiente, para aproximar-se dos outros, para se expandire, deste modo, realizar-se. Representam os membros daárvore, que equivalem, no autoconceito do indivíduo, aosbraços no desenho da pessoa.
FLORESRepresentam a energia vital; imaturidade emocional.FOLHASRepresentam vivacidade e produtividade.FRUTOSIndicam o desejo de maturação; de mostrar capacidade.
USO DA COR
O
uso da cor refere-se à vida emocional eafetiva (empatia, tensão, conflito,harmonia) do sujeito; sujeitos psicologicamente mais equilibradosatiram-se com menos resistência e mais profundidade no emprego das cores.
SIGNIFICAÇÃO DAS CORES
I ± Quanto à variaçãoPreto e branco ±Ansiedade, depressão, grandes temores.Cinza ± Tristeza, insatisfação.Azul ± Tranqüilidade, racionalidade.Vermelho - É a cor mais emocional. O interesse pelo vermelhodecresce, à medida que a criança supera a fase impulsiva eingressa na fase da razão e de maior controle emocional.
Verde ± Criação, reproduçãoAmarelo sol - Força, energia, estabilidade, euforia.Alaranjado - Desejo de contato, repressão da agressividade,desejo de simpatia; mais fantasia que ação.Roxo - Paixão, depressão; Lilás ± Paz, espiritualidade erealização.Marrom (preferência) - Caráter mais regressivo; contatocom a realidade.
II - Quanto à intensidade e freqüência no uso das coresAzul - Controle dos impulsos emocionais: predomínio darazão.Vermelho - Impulsividade.Amarelo - Bom tônus vital, alegria.Recusa total da cor -Afetividade coartada.
DESENHO DA FAMÍLIA
S
egundo C.W. Hulse:
I - ObjetivosConhecer a situação do sujeito dentrode seu meio familiar. O que vê nessemeio. Como se vê; sua percepção dasua relação com as figuras parentais.
Dados para interpretação do Desenho da Família
Análise de cada figura - A primeira pessoa desenhada:verificar traços, negrito, transparência, riscados, localização,proporção etc., da pessoa desenhada. Verificar a segunda, aterceira pessoas desenhadas e, assim, sucessivamente. Deacordo com a colocação das figuras, descobre-se a valênciadessas pessoas, para o sujeito.
Omissão do sujeito - Não sente que participa, realmente, nafamília. Não recebe a afetividade que necessita. Rejeita, ou sesente rejeitado (ou desejo de se afastar).
Omissão de elementos da família (por ex. irmãos).
O tamanho das diferentes figuras (por ex. figura maternagrande e o pai representado como pequeno e insignificante).
Expressão facial dos genitores.
Família real ou idealizada.
DESENHO DE UM ANIMAL
S
egundo Levy
I. ObjetivoAnimais são símbolos e personificações projetados deimpulsos e sentimentos inconscientes.II. Dados para Interpretação do Desenho doAnimal1-Aspectos expressivos (abordados anteriormente).
2-Análise de animais específicos:
Pássaros - simbolizam fuga; orientação para a ação.
Animais exóticos (ex. Corvo) - sujeito incomum.
Gato - feminilidade; maternidade; frieza; afastamento; vidanoturna; autocentrismo.
Serpente - fonte de vida; fonte da morte; fonte doconhecimento proibido (inconsciente).
Cavalo - trabalho; ajuda; medo de castração; estruturaintegrada.
Elefante - grandeza; falta de coordenação.
Coelho - timidez; fertilidade.
Borboleta - espiritualidade.
Cachorro ± Fidelidade, defesa.3-Anarrativa do sujeito sobre o animal.
EVOLUÇÃO DO DESENHO
Processo que tem ligação direta com o amadurecimentoperceptivo-motor, neurológico, mental e emocional da criança,bem como com sua construção enquanto sujeito.
O desenho é a manifestação de uma necessidade vital dacriança: agir sobre o mundo que a cerca, intercambiar,comunicar e trazer à tona desejos, impulsos, emoções esentimentos.
Como o adulto, a criança projeta no papel sua imagem e exibeuma atividade profunda do inconsciente.
I ± FASE DO RABISCO
1- VEGETATIVO-MOTOR (18 MESES)A ± Corresponde ao período sensório-motor em que acriança está buscando assimilar o real ao eu, dominar osobjetos.B ± As crianças descobrem o prazer em rabiscar não apenaspelo movimento rítmico do braço, mas também pelos traçosque vão surgindo.C ± Não há preocupação com a preservação dos traços;freqüentemente os cobrem rabiscando sobre eles.
D ± Trata-se de uma atividade motora em que o corpointeiro funciona.E ± Há um prazer em se sujar e responde a uma descargaagressiva (fase sádico-anal).F ± Os rabiscos geralmente são ondulados; não sãointencionais; o lápis não sai da folha e os movimentoscorrespondem a uma excitação motora (traço contínuo).
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