domingo, 3 de março de 2019

Importância da Psicanalise:

Tomando o conceito de sujeito, podemos dizer que, para a filosofia, ele é concebido no registro do eu, estando inscrito no campo da consciência. 
            A psicanálise subverteu esta ideia acerca do sujeito, em vigor até a invenção freudiana, e formulou o descentramento do sujeito, tanto em relação à consciência como em relação ao eu. A criação da psicanálise estabeleceu-se com a descoberta do inconsciente, o qual se refere a um registro psíquico com lógica própria, princípios específicos e funcionamento peculiar, o que lhe confere um lugar para além da consciência. Essa descoberta determinou mudanças nos saberes sobre o psiquismo instituídos até então, como a psiquiatria e a psicologia e também novas abordagens nas práticas das ciências da saúde em geral. A tradição cartesiana “Penso, logo existo” esteve presente na psiquiatria que considerava a alienação mental como estritamente relacionada ao registro da consciência. Também os estudos da psicologia a respeito das faculdades mentais tomavam a consciência como referência. Somente o discurso psicanalítico tornou possível o deslocamento de foco do eu para o inconsciente. Com a promoção desta mudança de registro incluiu-se, como manifestações da subjetividade, todas as produções humanas, desde as psicopatologias da vida cotidiana com seus atos falhos, lapsos e esquecimentos, até os sintomas, as alucinações, os delírios. Essas produções do sujeito explicitam um saber próprio sobre o inconsciente, as peculiaridades de sua realidade psíquica e a força das determinações significantes. Considera-se o texto de Freud (1900) A interpretação dos sonhos como a obra inaugural da psicanálise. Isso porque os sonhos estão sempre repletos de sentido, impondo sempre uma interpretação. E o que regula a construção do sentido do sonho é o desejo. Isso levou Freud a considerar o sonho como a via régia para o conhecimento da lógica do 

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